A passos de tartaruga
por Ana Carolina Dias
Dados da BHTrans mostram que a velocidade média, no horário de pico da manhã, nos principais corredores de circulação de veículos diminui a cada ano. O órgão responsável pelo trânsito em Belo Horizonte fez levantamento em 17 vias. A Rua Niquelina, no Bairro Santa Efigênia, foi apontada como a de tráfego mais lento no período analisado, com velocidade média de 13,42 km/h.
Até pistas criadas para liberação do trânsito, como a Via Expressa, aparecem com baixa média de circulação de tráfego, com média de 24,5 km/h. Nem mesmo os corredores mais antigos fogem das retenções. Na Avenida Afonso Pena, o ritmo dos carros é, em média, de 32 km/h para quem segue em direção ao Bairro Mangabeiras. A planilha da BHTrans com essas informações foi elaborada em 2009 e leva em conta apenas a circulação de automóveis.
Uma das principais causas dessa lentidão é o grande aumento da frota. Na última década, a quantidade de veículos em BH passou de 655 mil para quase 1,3 milhão. De acordo com dados do Censo 2010 do IBGE, atualmente a capital mineira possui um veículo para cada 1,7 habitante.
Mas o maior volume de automóveis que circulam na cidade todos os dias não é a única causa associada à desordem no trânsito. A verticalização também pode ser considerada um problema que reflete no tráfego. Locais que não possuem ruas e avenidas suficientes cresceram de forma desordenada, principalmente com a construção de prédios. Sendo assim, um maior número de famílias habita bairros como Santo Antônio e Buritis, possuem, mas as condições de tráfego para entrada e saída das residências.